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MDB, 58 anos de lutas e glórias
24/03/2024
(Atualizado em 24/03/2024 | 08:56:12)
Neste 24 de março de 2024 o MDB completa 58 anos de fundação. Maior partido do Brasil e do Rio Grande do Sul, a legenda só atingiu essa dimensão porque expressa a média do pensamento nacional. Com suas raízes firmadas em praticamente todos os municípios do país, é defensor das causas essenciais do nosso povo. E essa característica é intrínseca desde o seu surgimento.

Confira abaixo um pequeno resumo desta trajetória de lutas e glórias.

LINHA DO TEMPO

1966 - Trecho do manifesto de criação do MDB

“O Movimento Democrático Brasileiro (...) deseja informar ao povo brasileiro que sua constituição nesta hora sombria da vida nacional, obedeceu ao indeclinável imperativo de não permitir que ficam sem VOZ, mesmo condicionada ao regime de exceção em que vive o país, milhões de brasileiros inconformados com os rumos, incertos e perigosos, que uma minoria obstinada procura imprimir aos destinos do país".
24 de março de 1966



1973 - A anticandidatura

Depois de assumir a presidência do MDB Nacional na V Convenção, em abril de 1972, com o discurso de “começar um novo dia”, Ulysses Guimarães se entrega ao projeto de anticandidatura à presidência da República em 1973. O objetivo era denunciar a farsa das eleições indiretas no Colégio Eleitoral, que se tratava de um “jogo de cartas marcadas”. Estimulado pelo sonho da liberdade, Ulysses percorreu o Brasil realizando dezenas de caravanas. O que inicialmente parecia uma atitude “quixotesca”, ganhou adesão de importantes setores da sociedade e o seu reflexo foi mais um passo para ajudar a consolidar a redemocratização.



1974 - Sucesso nas urnas

Os últimos anos da década de 60 e início dos 70 foram extremamente violentos. Mas apesar da redução de espaço nas eleições de 1970, o MDB começou o momento de sua afirmação e construção de sua identidade. Já em 1974, recuperou o fôlego. Aumentou de 87 para 160 a sua representação na Câmara dos Deputados, sendo 19 deles gaúchos. Além disso, elegeu 16 senadores de um total de 21. Destes, um era gaúcho: Paulo Brossard.




1978 - Apesar do contra-ataque, Simon é eleito senador

Com o sucesso do MDB nas urnas em 1974, o governo militar sancionou em 1976 a Lei nº 6.339, chamada de “Lei Falcão”, também conhecida como a “Lei da Mordaça”. O objetivo era restringir a propaganda eleitoral e impedir os debates nos meios de comunicação. Um pouco mais tarde, em 1977, também lançou o “Pacote de Abril”, alterando a representação dos estados do Sul e Sudeste, onde a oposição ao regime era mais combativa. Ainda criou a figura do “Senador Biônico”, quando um terço do Senado deixava de ser eleito pelo povo. Mas apesar das medidas, o MDB do Rio Grande do Sul foi um dos grandes vencedores das eleições de 1978, elegendo Pedro Simon senador, ícone da resistência.




1979 - Anistia

A luta pela anistia se prolongou por anos, tornando-se efetivamente pauta oficial do país somente no final década de 70. O projeto da Lei da Anistia tramitou no Congresso Nacional por três meses e foi à votação no dia 22 de agosto de 1979, sendo aprovado por 206 votos a favor e 201 contra. Um dos líderes da luta pela anistia no Rio Grande do Sul foi o então deputado federal Odacir Klein. A Lei foi sancionada em 28 de agosto de 1979 e o MDB teve a sua primeira grande conquista.




1983/1984 - Diretas Já

A Emenda Dante de Oliveira foi o ponto de partida para a campanha das Diretas Já. Entre os deputados que participaram da comissão de elaboração está o gaúcho Ibsen Pinheiro. A 1º manifestação pública exigindo o direito de votar foi no dia 11 de março de 1983 na cidade de Abreu e Lima (Pernambuco). No Rio Grande do Sul, sob a liderança de Ulysses Guimarães, o coordenador da campanha foi o então deputado José Fogaça. O primeiro comício em terras gaúchos aconteceu no dia 13 de janeiro de 1984 em Cachoeira do Sul. Destaca-se também o movimento de Capão da Canoa no dia 19 de fevereiro e, em Porto Alegre, no dia 13 de abril. A emenda foi à Plenário no dia 25 de abril de 1984. Apesar da esmagadora votação pelo sim, 289 votos favoráveis, 65 contrários e três abstenções –, foi rejeitada por não atingir o número de votos necessários. Com o fechamento do Congresso, 112 deputados ficaram fora da sessão e 22 votos faltaram para a sua aprovação.




1985 - Se perde a batalha, não a guerra

A frustação foi imensa com a rejeição da Emenda Dante de Oliveira. Milhares de brasileiros ficaram sem chão. Mas a reação foi rápida e a decisão foi de enfrentar o Colégio Eleitoral. O hábil político de São José Del-Rei, Tancredo Neves, foi eleito para comandar o Brasil no dia 15 de janeiro de 1985, 1º presidente civil em 21 anos. Derrotou Paulo Maluf (PDS) por 345 votos a 124. Infelizmente, por infortúnio do destino, morre três meses depois. Apesar de toda a dor, com a ferida ainda aberta, emerge novamente a figura de Ulysses Guimarães que levanta a bandeira de uma nova Constituição Brasileira. A luta continuava!




1988 - Constituição Cidadã

Presidente do partido, Ulysses Guimarães puxou à legenda a tarefa de protagonizar a elaboração do texto da nova Carta Magna. Durante 20 meses o Congresso Nacional na edição do texto. A Constituição Cidadã foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988 e está em vigor até os dias atuais. Ela é dividida em nove títulos que abrigam 245 artigos e 70 disposições transitórias. Entre os gaúchos constituintes estiveram Ibsen Pinheiro, Nelson Jobim, Mendes Ribeiro, Lélio de Souza e José Fogaça.




Atualidade

- Formação política

O debate sobre os rumos do Brasil e a construção de propostas claras sempre permearam a atuação do MDB. O berço destas discussões foi o Instituto de Estudos Políticos Econômicos e Sociais (IEPES). Hoje essa corrente de debates e formação política são travados por meio da Fundação Ulysses Guimarães, que já qualificou mais de 150 mil emedebistas de todo Brasil por meio do Ensino a Distância (EAD). O EAD foi idealizado pelo então deputado federal Eliseu Padilha. Atualmente a FUG é presidida nacionalmente pelo deputado federal Alceu Moreira.




- O partido e a nação

Principal intérprete da vontade do povo brasileiro na luta pela redemocratização do País, o MDB/PMDB/MDB esteve à frente de campanhas históricas que transformara a nação. A legenda venceu a luta em favor de Anistia, da Assembleia Nacional Constituinte e pelas Eleições Diretas. Mas o Brasil, o Rio Grande do Sul e os Municípios continuam sendo pautas permanentes através da representação do partido na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa, nas Câmaras de Vereadores, nas Prefeituras e no Governo do Estado, ao qual governou por quatro vezes - com Pedro Simon, Antônio Britto, Germano Rigotto, josé Ivo Sartori, e hoje conta com atuação do vice-governador Gabriel Souza. Também contamos com a contribuição dos nossos núcleos de apoio que representam a voz da militância e de todos os setores da sociedade.




Fonte: Revista Cinquentenário

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